Neste estudo precisaremos achar as condições de extremo de alguns funcionais. Mas antes, é necessário analisarmos a condição de extremo de uma função, pois seguiremos as mesmas etapas para os funcionais. Bom, agora lápis e papel nas mãos e mãos à obra.
$$f=y(x).$$
Determinar para que valor de x a função y(x) é um extremo, ou seja, para qual x temos dy = 0.
O primeiro passo é dar um acréscimo infinitesimal (dx) à variável x e depois procurar para qual valor de x temos dy = 0.
Sabemos do cálculo diferencial e integral que a variação média de f(x) é dada por:
$$\Delta f=f(x_{0} +\Delta x)-f(x),$$
$$dy=y(x_{0} +dx)-y(x).$$
Vamos expandir, em série de Taylor, o termo
$$y(x_{0} +dx)$$
$$x_{0} =x,$$
$$f(x)=f(x_{0})+\frac{df}{dx}(x-x_{0}) +\frac{1}{2}\frac{d^2f }{dx^2} (x-x_{0})^2+...$$
$$f(x)=y(x_{0} +dx),$$
$$f=y(x),$$
$$x_{0} =x,$$
$$x=x_{0} +dx\rightarrow dx=x-x_{0},$$
$$y(x_{0} +dx)=y(x})+\frac{dy}{dx}dx +\frac{1}{2}\frac{d^2y }{dx^2}(dx)^2+...$$
$$y(x +dx)\simeq y(x})+\frac{dy}{dx}dx.$$
$$dy=y(x_{0} +dx)-y(x)=y(x +dx)-y(x)=y(x)+\frac{dy}{dx}dx -y(x),$$
$$dy=\frac{dy}{dx}dx.$$
$$dy=0.dx=0.$$
Portanto, a condição de extremo de uma função y(x) é
$$\frac{dy}{dx}=0.$$
Barcelona, 1923. "Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." Albert Einstein. |
2º) Determine qual é a condição de extremo para o seguinte funcional
$$I=F(y,x).$$
Podemos escrever o funcional da forma
$$I=\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y(x),x)dx$$
$$I=I[y],$$
já que I depende da forma da curva escolhida, ou seja, da função y(x).
Vamos considerar uma outra curva, também com extremidades em P1 e P2, infinitesimalmente próxima a curva y(x), ou seja,
$$y+\delta y,$$
$$\delta y$$
representa a mudança na forma da função. Veja na figura abaixo as curvas infinitesimalmente próximas e a diferença entre
A consequência disso é que aparece uma variação infinitesimal no funcional:
$$\delta I,$$
ou seja,$$\delta I=\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y+\delta y,x)dx-\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y,x)dx.$$
$$F(y+\delta y,x)$$
em torno do ponto
$$y_{0} =y,$$
ou em torno de
$$\delta y =0,$$
$$f(y)=f(y_{0},x)+\frac{\partial f}{\partial y}(y-y_{0}) +\frac{1}{2}\frac{\partial ^2f }{\partial y^2} (y-y_{0})^2+...$$
$$f(y)=F(y+\delta y,x),$$
$$f(y_{0},x)=F(y,x)$$
e
$$y=y_{0} +\delta y\rightarrow \delta y=y-y_{0},$$
valores que substituídos na fórmula de Taylor nos fornecerá
$$F(y+\delta y,x)=F(y,x)+\frac{\partial F}{\partial y}(\delta y) +\frac{1}{2}\frac{\partial ^2F }{\partial y^2} (\delta y)^2+... .$$
$$F(y+\delta y,x)\simeq F(y,x)+\frac{\partial F}{\partial y}(\delta y),$$
que substituído na integral dada
$$\delta I=\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y+\delta y,x)dx-\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y,x)dx,$$
resultará que
$$\delta I=\int_{x_{1}}^{x_{2}} \left[ F(y,x)+\frac{\partial F}{\partial y}(\delta y)\right]dx-\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y,x)dx\rightarrow$$
$$\delta I=\int_{x_{1}}^{x_{2}}F(y,x)dx+\int_{x_{1}}^{x_{2}}\frac{\partial F}{\partial y}(\delta y) dx-\int_{x_{1}}^{x_{2}} F(y,x)dx\rightarrow$$
$$\delta I=\int_{x_{1}}^{x_{2}}\frac{\partial F}{\partial y}(\delta y) dx.$$
A condição de extremo
$$\delta I=0$$
$$\int_{x_{1}}^{x_{2}}\frac{\partial F}{\partial y}(\delta y) dx=0$$
$$\delta y(x). $$
Para que a integral se anule, para qualquer valor desta quantidade infinitesimal, a condição é a seguinte:
$$\frac{\partial F}{\partial y}=0,$$
$$\delta I=0$$
para quaisquer variações funcionais
$$\delta y(x),$$
$$\frac{\partial F}{\partial y}=0. $$
$$I=F(y,x) $$
é$$\frac{\partial F}{\partial y}=0. $$
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