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25 de fevereiro de 2010

O ENRIQUECIMENTO DO URÂNIO

Radiação
O urânio é um elemento químico que serve como matéria prima básica para programas nucleares. O urânio é um metal encontrado nas rochas da crosta terrestre. Pode ser extraído em mineração ao ar livre, em poços e subterânea. O urânio natural é  constituído por uma mistura básica de três isótopos: o  urânio-235(0,72%) ou U-235, 0 urânio-238(99,27%) e o urânio-234(0,005%).

Foto Urânio - Crédito a Indústrias Nucleares Brasileiras - INB.

A ORIGEM DO URÂNIO

Sua origem é estelar, ou seja, quando estrelas explodem em forma de supernovas, seus materiais são espalhados em várias regiões do espaço na forma de nuvens e poeiras estelares e, com o passar do tempo, chegam a alguns planetas, estrelas e luas. O urânio foi incorporado na Terra durante sua formação. Na nossa Lua, por exemplo, em junho de 2009 foi detectado a presença do urânio pela sonda japonesa Kaguya, lançada em 14 de setembro de 2007, através do seu instrumento chamado espectômetro de raios gama.  As coordenadas para futuras construções de bases e colônias lunares, que vão precisar de energia nuclear,  já podem ser determinadas pelos cientistas.

O "YELLOW CAKE"
 
Depois de extraído, o minério de urânio é levado para a usina, onde é triturado e móido, resultando em um pó fino, preparado para ser purificado por meio de processos químicos. Depois de purificado é reconstituído em um sólido amarelo, conhecido como “yellow cake” que é um sal que contém urânio na proporção entre 60 a 70%, portanto, é radioativo.

Foto "Yellow cake" - Crédito a Indústrias Nucleares Brasileiras - INB.

O ENRIQUECIMENTO DO URÂNIO

Como aumentar a quantidade de átomos do U-235, partindo do “yellow cake” ?  É bom lembrar que o urânio natural contém apenas 0,72% de  U-235. Para que o U-235 seja usado como combustível é preciso aumentar sua proporção em cerca de 2 a 3%.  Aí que entra um processo chamado enriquecimento - o “yellow cake” é  quimicamente processado.  Aqui estão as etapas básicas deste processo químico: é feito o manuseio do concentrado, sua pesagem,  sua amostragem,  seu armazenamento, a dissolução de quantidades estequiométricas em ácido cítrico, é feito a extração por  solvente, a reextração do urânio como solução de nitrato de uranila, é feita a calcinação, a hidrofluoração e a fluoração a UF6 (gás hexafluoreto de urânio). Percebemos que o “yellow cake” (sólido) pode ser convertido para UF6 (gás), que é muito corrosivo e reativo e que deve ficar longe de óleos e graxas lubrificante para evitar reações químicas repentinas.

Foto pastilhas de urânio - Crédito a Indústrias Nucleares Brasileiras.

O MÉTODO DA CENTRIFUGAÇÃO

O próximo passo é fazer o UF6 voltar para o estado sólido. Para esta etapa é usado o método de centrifugação. Eis algumas das etapas básicas deste método:  O UF6 é girado em uma centrífuga a gás, numa câmara cilíndrica em alta velocidade, com o objetivo de separar o U-238 (mais denso) do U-235. O U-238, depois de atráido para o fundo da câmara, é removido da centrífuga juntamente com resíduos do U-235, que ficaram no centro da centrífuga. As quantidades restantes de U-235 são postas em uma outra centrífuga e assim, o processo é repetido em muitas centrífugas até chegarmos ao produto final, o pó de UO2 (dióxido de urânio) ou urânio enriquecido. O urânio que sobra deste método, ou seja, substâncias removidas principalmente de U-238 e U-235, formam o urânio empobrecido, pesado e levemente radioativo, que podem ser usados em componentes antiblindados. O próximo passo é fazer com que o dióxido de urânio seja prensado, tratado termicamente em forno e posto em formas cilíndricas resultando em pastilhas cilíndricas de urânio.

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22 de fevereiro de 2010

O SOL

SolAqui está mais um desafio para os nossos alunos do nível fundamental: Leia com atenção o texto a seguir e resolva os desafios sobre transformação de unidades de medida. Você vai perceber que o texto faz menção a várias unidades de medidas, tais como: quilômetros, toneladas, quilogramas, unidade astronômica, segundos, minutos e quilômetros cúbicos.

Sabemos que o Sol é a estrela mais próxima do nosso planeta. É o centro do sistema solar. É composto, em sua maior parte, por hidrogênio e hélio, elementos químicos mais simples conhecidos na natureza. Com o lançamento do SDO, pela NASA, teremos mais informações sobre ele.

A luz solar, que demora cerca de 498 segundos (transforme em minutos) para chegar até nós, proporciona as diversas formas de vida na Terra.

O Sol fica muito distante da Terra, ou seja, a uma distância média de 14960000 km (transforme em metros) ou 1 UA (unidade astronômica). Baseado nestes dados calcule a velocidade aproximada da luz . A massa da Terra é aproximadamente igual a 6 milhões de bilhões de quilogramas ou 5,976.1024 kg = 5,976.1021 t (transforme estas quantidades em gramas). O nosso Sol possui massa cerca de 332900 vezes maior que a da Terra, ou seja, 1,989.1030 kg (transforme em gramas).

O volume da Terra é aproximadamente igual a 1083230000000 km3 (transforme em metros cúbicos). O sol possui volume cerca de 1300000 maior que o volume da Terra.

E aí? Não conseguiu resolver os desafios? Se sim, parabéns. Caso contrário, estude no blog as postagens relativas aos seguintes assuntos: medidas de comprimento, medidas de tempo e medidas de volume. Bons estudos!

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A SONDA CASSINI CHEGA PERTO DE LUA RHEA

A LUA RHEA

No dia 02 de março de 2010 a sonda Cassini fará um sobrevôo, a 100km de distância de Rhea, uma das luas de Saturno. Rhea já foi fotografada pela Voyager 1, a uma distância de 73000km, em 12 de novembro de 1980. Seu diâmetro mede cerca de 1528 km e sua temperatura de aproximadamente igual a -174°C na parte iluminada pelo Sol e, cerca de -210°C, na sua parte sombria.

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12 de fevereiro de 2010

AS CAMADAS DA ATMOSFERA

A atmosfera terrestre é composta basicamente pelos elementos: nitrogênio (78%), oxigênio (21%), argônio (0,93%) e vapor d’água. A primeira camada é a troposfera, região que envolve a Terra, com cerca de 80% do ar que respiramos. É na troposfera, primeira camada da atmosfera,  que se concentram os poluentes e viajam os aviões a jato, os balões, ocorrem os fenômenos atmosféricos, os ventos, as chuvas, a neve, as tempestades. Basicamente é composta de ar seco (nitrogênio, oxigênio, argônio, óxido carbônico, neônio, hélio e hidrogênio). Tem uma altura variável de 8km a 10km, nos pólos, e 18 km na linha do equador. Sua espessura média é de 12km.

A ESTRATOSFERA

A segunda camada é a estratosfera que vai do fim da troposfera até uma altitude de 50km. Nesta camada localiza-se a camada de ozônio, o ar é muito rarefeito, a quantidade de vapor d’água é muito pequena, passam aviões supersônicos, balões meteorológicos, ocorre o efeito estufa, o nitrogênio é dissociado e a radiação ultravioleta do Sol é absorvida pela camada de ozônio, portanto a estratosfera atua como um filtro de radiação ultravioleta. É na estratosfera que acontece o fenômeno da difusão da luz (vemos o céu azul), e à medida que aumenta sua altitude, há um aumento de sua temperatura.

A MESOSFERA

A terceira camada é a mesosfera que se estende de 50km a 85km de altitude. É nesta camada que os meteoróides se incendeiam, o ar (composto principalmente por ozônio e vapor de sódio) fica mais rarefeito e a temperatura diminui com a altitude, chegando a baixíssimas temperaturas (cerca de –90°C).

A TERMOSFERA

A quarta camada é a termosfera que se estende de 85km, ou seja, do final da mesosfera até aproximadamente 550km de altitude. Nesta camada passam os ônibus espaciais e sua temperatura aumenta com a altitude chegando a atingir cerca de 1000°C.

Observação: A radiação solar interage com os componentes da atmosfera originando os íons e a camada IONOSFERA que se estende da mesosfera até a termosfera (aproximadamente 550km de altitude). Em virtude da densidade de elétrons, a ionosfera é dividida nas seguintes camadas (regiões iônicas): Camada D, camada E e a camada F.

A camada D, mais próxima da Terra, vai de aproximadamente 50 a 100km e absorve maior quantidade de energia eletromagnética, apresentando densidade máxima de aproximadamente 1000 elétrons/centímetros cúbicos. A frequência de colisão dos elétrons e moléculas é da ordem de 10 megahertz. A densidade destas camadas varia em função do tempo e, normalmente, à noite a camada D desaparece.

A camada E, que precede a camada D, continua da altitude aproximada de 100km até 130km e apresenta densidade máxima de aproximadamente 100000 elétrons/centímetros cúbicos. A frequência de colisão dos elétrons e moléculas é da ordem de 1 kilohertz.

A camada F continua de aproximadamente 130km até 500km apresentando densidade máxima de aproximadamente 10000000 elétrons/centímetros cúbicos. A frequência de colisão dos elétrons e moléculas é da ordem de 1 hertz.

A EXOSFERA

A quinta e a mais externa camada é a exosfera que se estende do final da termosfera e chega a aproximadamente 800km de altitude, chegando a se confundir com o espaço sideral, possui densidade muito pequena, ar muito rarefeito, formada basicamente por gás hidrogênio e hélio . Esta camada antecede o espaço sideral e sua temperatura chega a aproximadamente 1000°C. Nesta camada ficam os telescópios espaciais e os satélites de transmissão de informações e nela há regiões formadas basicamente por particulas carregadas, atraídas pelo campo magnético da Terra, chamadas cinturões de partículas (Cinturões de Van-Hallen). Nesta camada existe dois cinturões de partículas (Cinturões de Van-Hallen), que são regiões no espaço, acima do equador terrestre, formadas basicamente por partículas altamente carregadas (prótons, elétrons e íons atômicos - originados pelo vento solar e pelos raios cósmicos) aprisionadas pelo campo magnético terrestre. O primeiro, e mais baixo cinturão de Van Allen, está em uma região compreendida entre aproximadamente 800km a 6000km acima da superfície da Terra e o segundo, e superior cinturão de Van Allen, está em uma região compreendida entre aproximadamente 125000km a 36000km acima do equador..
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6 de fevereiro de 2010

ADIADO O LANÇAMENTO DO ÔNIBUS ESPACIAL ENDEAVOUR

O lançamento do ônibus espacial Endeavour estava previsto previsto para domingo, 07 de fevereiro de 2010, no Centro Espacial Kennedy (sudeste da Flórida), às 09h: 39min, mas foi adiado para 08 de fevereiro de 2010, às 07h:14min. Foi iniciada a contagem regressiva de lançamento desde quinta-feira, às 07h: 00min. O objetivo principal desta missão, chamada STS-130, é levar os últimos e grandes módulos para a ISS (Estação Espacial Internacional), totalizando 90% da sua dimensão final. Os módulos são chamados de Tranquility (Node 3) e a Cúpula (Cupola). O Tranquility é um módulo pressurizado que irá oferecer espaço adicional aos membros da tripulação e que inclui um sistema de controle atmosférico, compartimento para a tripulação tomar banho, sistema de ligação com outros compartimentos, veículos de transporte para cargas e para os astronautas, sistema de saneamento e de controle ambiental. Sua massa é medida em cerca de 20 toneladas. possui 7 m de largura e 4,5 m de diâmetro. A Cúpula (Cupola), com sua estação de trabalho robotizada, será acoplada ao Tranquility. Sua massa é medida em cerca 1,9 toneladas, possui 2,9 m de diâmetro e 1,5 m de largura. É um módulo de observação que oferecerá à tripulação da ISS uma boa visão da nossa Terra, pois terá seis janelas laterais e uma na parte superior e da mesma serão controladas as operações de manutenção da ISS. A duração da missão Endeavour é prevista para 13 dias.

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5 de fevereiro de 2010

A ÓRBITA GEOESTACIONÁRIA E A BAIXA ÓRBITA TERRESTRE

Órbita
Neste tópico vamos estudar o que é uma Órbita Geoestacionária (GEO - Geoestationary Earth Orbit) ou Geossíncrona e uma Baixa Órbita Terrestre. Um satélite realiza uma órbita síncrona quando fica diretamente sobre a linha do equador, ou seja, sua velocidade angular de translação é igual à velocidade angular da rotação da Terra. O satélite, com velocidade aproximada de 1107 km/h, realiza uma órbita circular a uma distância aproximada de 36000 km acima da superfície terrestre. Para nós, observadores na Terra, é como se o satélite estivesse estacionado em um ponto fixo acima da Terra. A figura à esquerda - crédito INPE é uma ilustração da órbita estacionária.

Com a intenção de fornecer uma cobertura contínua na mesma área, são injetados alguns satélites de comunicações e meteorológicos na órbita síncrona. Como existem centenas de satélites nesta órbita eles precisam estar bem posicionados, para que não aconteça interferências de sinais entre eles. Esta órbita é também conhecida como geoestacionária ou geossíncrona. Nela, os satélites recebem ondas portadoras de sinais vindos da Terra, aumenta estes níveis de sinais e os retransmite para a Terra, onde são captados por equipamentos, como por exemplo as antenas parabólicas.

BAIXA ÓRBITA TERRESTRE (LEO - LOW EARTH ORBIT)

É muito raro a colisão entre satélites mas, aconteceu que em fevereiro de 2009, dois satélites de comunicação colidiram em órbita, a 500 km da Sibéria. Um deles era um satélite comercial Iridium, com 450 kg, lançado em 1997 e o outro era um satélite, lançado em 1993, que estava inoperante. Neste caso, estes satélites estavam em Baixa Órbita Terrestre (LEO - Low Earth Orbit), abaixo da geoestacionária.
Baixa Órbita
Acima temos uma ilustração da Baixa Órbita Terrestre com lixo espacial - Crédito: ESA. A Baixa Órbita Terrestre possui altitudes, geralmente entre 2000 e 2000 km acima da superfície terrestre e são assíncronas, ou seja, o instrumento espacial (ônibus espacial) que usa esta órbita, passa pelo céu em diferentes horas do dia. Satélites que viajam em uma Baixa Órbita Terrestre possuem velocidade aproximada de 27400 km/h (orbitam a terra uma vez a cada 90 minutos) e são usados em observação da Terra, radiomadorismo, comunicações móveis e estudos da atmosfera. Espero que tenham entendido essas noções básicas sobre GEO e LEO.
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O LANÇAMENTO DO OBSERVATÓRIO SDO

Foto: observatório SDO. Crédito: NASA.
O observatório SDO (Solar Dynamics Observatory), Observatório de Dinâmica Solar, está com seu lançamento previsto para 10 de fevereiro de 2010, no Centro Espacial Kennedy, Flórida, às 10h:26min (pelo horário de Brasília será às 13h:26min).



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